domingo, 28 de abril de 2013


Gritos de solidão 

Onde estão os ecos de meus pensamentos?
Para onde foram os meus sonhos utópicos?
Quais as figuras das teias tecidas pelas redes das minhas histórias?
Em que emaranhado mundo enfiei o meu mundo?
Com que mundo dialoguei?
Onde me cabe nesta paisagem?
Não sei, não sei...

Tropeços, arranhões e as Cruzes.
Cruz da migração.
Cruz da expulsão.
Da não diferenciação.
Da partida, da perda, do silêncio, do excesso de amor, e, de ódio, porque não?
Do medo dos medos
Dessa tal amizade com a solidão.
Imparidade crucial?

Imparidade de uma vida, no plural das vidas.
Habitat de tesouros, sem valor nenhum, na vida.
Companhia única de uma alma só.
Delineada por uma vida, também só.
Na multiplicidade de vidas
Uma vida impar...

Dialogar com outra solidão igual,
Novas e talvez ultime utopia...
Buscar novas respostas?
Renovar perguntas?

Será a morte essa tal solidão?
Será ela, a única parceira nesta pulsão solitária de vida?
Será ela, a gentil dama, companheira desta alma tão só?

Izabel Antunes
2010


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