domingo, 7 de junho de 2015

Eu, mulher...

Hoje eu sei quem sou,
Se alguém me perguntar, eu sei.
Sou apenas uma mulher
Sofrida
Corroída....
Pelo tempo, pelo vento
pelo trampo!

Uma mulher que se atreve a brincar,
a reconstruir-se
a reinventar-se
Ou, tentar...
Sou apenas uma mulher
Que se encontra e desencontra-se
Diz e desdiz-se
Equilibra e desequilibra-se,
Num fio tênue,
De vida

Sou uma mulher
Uma mulher habitat de todas as outras mulheres
Toda tradição da genética e estética de fêmeas,
Toda tralha humanamente feminina.
Sou apenas, uma mulher!

Quero ser essa mulher!
Quero vive-la!
Seus devaneios, suas vontades...
Quero ser apenas e tão somente essa mulher
Que contém todas...
Sofridas, violentadas, amadas, odiadas, assassinadas e guardadas dentro dela...
Sou essa mulher que, insistentemente, é-se...

Em meu corpo.