quarta-feira, 23 de abril de 2014

Nesse
muro das lamentações, crianças são concebidas e nascem, pois vejo as mulheres grávidas e depois lá de novo, fazendo uso de crack e outras drogas. Pergunto, quando posso, sobre as crianças- onde estão seus três filhos? - Perguntei outro dia. -Ha, tá com minha mãe...um tá lá...mas os outros...sei não... Realmente um fenômeno, aqui em Cuiabá, que cresce e se consolida, frente a falta de políticas que consigam chegar até esse nicho,  e, ...

sábado, 12 de abril de 2014

Tralhas e trilhas...

Quando o meu momento chegar
Quando parar de me movimentar,
Quando meu corpo inerciar,
Quando a ultime hora chegar
Quando a minha vida passar
Jogue fora minhas tralhas...

Jogue fora meus livros com suas traças, 
Jogue os de literatura onde alguma criança passe
Jogue fora, os meus cadernos, com meus eus, não resolvidos
Jogue fora minhas bonecas, com suas tranças e vestes
Jogue fora meus sapatos, com suas fivelas e laços

Jogue fora os meus vestidos, mas antes tire três
Que ainda contam histórias: Um de fuxico, um de laço e outro de fita...
Mas jogue fora os da senhora, da menina e da mocinha.

De alguns trecos
Salve as pedras
Elas firmaram meu caminho, me encontraram nas trilhas
Aprofundaram minhas pegadas.
As correntes, os elos, os anéis e o meu barbante
Deixo a quem se propuser a amar, a se acorrentar e a se amarrar.

Quando meu corpo parar
Quando o meu ultimo contrato terminar
Jogue ao vento minhas palavras, meus gritos, meus silêncios
Jogue ao fogo o meu corpo, para que se torne cinza, pó...
Jogue na terra minhas paixões, valem a pena renascer
Jogue meus sonhos na água, ela saberá onde levá-los

Quando o momento chegar
Jogue fora minhas tralhas

Eu deixo...