numa folha, não qualquer,
outras folhas, conectadas, num ponto.......
em que olho e aprecio,
as diversas simetrias,
que equilibram
e enlevam meu olhar...
nele a materialidade da explosão celebrativa do grande tronco
vivo.
estou vivo!
Numas folhas
não qualquer uma,
linhas as marcam como paginas,
com uma única escrita
verde.
sou verde!
Verde que quero ser,
antes do amarelo
me tornar
natureza
morta...
E que eu possa então renascer,
nas flores.
num cantinho,
ainda que qualquer
que tenha lugar
para
eu
ser
de
novo
apreciada
e possa resistir
sem me perder em cinzas
PORQUE AS DORES SÃO GRANDES
E RENASCER É QUASE MILAGRE
NESSE CANTINHO DO CERRADO
ONDE ACONTECEM
OS FENOMENOS
MAIS MARAVILHOSOS
E RESILIENTES
QUE EU POSSO VER...
E AJUDAR A SER
AINDA UM POUCO
VERDE!
os rostos
se fazem
coloridos,
ante um sol
que marca o tempo
e caras coloridas
que escondem as marcas
desse tempo
e se encontram
preciosamente
se esbeltam
sob o mesmo sol
marcando o movimento
do tempo
e as repetições,
anunciadas pela chegada
do natal.
e assim a vida vai acontecendo
e eu daqui de minha plataforma
de meu oikos
assisto e vivo
os melhores momentos
da vida
com a alegria
mascarada
e quase derretida
assim os encontros
diários
cotidianos
acontecem
em qualquer tempo