quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


AULA INAUGURAL PREFEITURA MUNICIPAL DE CUIABÁ: FRAGMENTOS

IZABEL ANTUNES DE SOUSA

No dia 04/02/2013 foi realizada a aula inaugural em Cuiabá. Momento em que os gestores mostram suas intencionalidades, os programas, as possibilidades e as limitações da empreitada que se inicia, no caso específico do ano letivo, as relações comunidade escolar e gestão.
O momento foi marcado pelo início do governo Mauro Mendes, frente à prefeitura municipal de Cuiabá, empossado em janeiro de 2013, pelas presenças dos representantes da UNESCO, Fundação Carlos Chagas, SINTEP Cuiabá, Secretaria de Educação, professoras pesquisadoras e autoridades afins.
A avaliação institucional, tema central da aula, integrou outros projetos e alavancou discussões em todas as instancias educacionais: administrativa, pedagógica.
Este texto socializa fragmentos da referida aula, colhido nas falas dos palestrantes.
Para que o Senhor Prefeito tenha sucesso na sua gestão é preciso que os profissionais aqui presentes tenham sucesso também em suas reivindicações, Joao custódio, SINTEP Cuiabá, se referindo aos salários e as condições de trabalho dos servidores.
Estar ciente da realidade financeira do município; Programa continuado na gestão, Arrumar infraestrutura; Educação como prioridade, Ter e cobrar qualidade nas obras; Tudo isso não é fácil, mas, é possível.  Maro Mendes, Prefeito de Cuiabá.
            A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL EM CUIABÁ
            O projeto AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL é da UNESCO, e tem como finalidade, além de lembrar conceitos, para que com uma nova práxis, aconteça uma melhora na qualidade na escola, por isso, um dos conceitos de avaliação abordados no evento, foi o de que, Avaliar significa acompanhar mais de perto, aumentando as interações entre a equipe para aprimorar as ações da escola como um todo. E também verificar se as funções e prioridades determinadas coletivamente estão sendo realizadas e atendidas com os resultados esperados.
            A avaliação institucional, interna e externa são também maneiras de estimular a melhoria do desempenho e de evitar que a rotina descaracterize os objetivos fundamentais. A avaliação institucional preocupa-se essencialmente com os resultados das ações educativas da escola, em particular, os relativos a ensinar e aprender. Deve ser um processo contínuo e aberto, no qual os setores da escola - pedagógicos e administrativos - reflitam sobre seus modos de atuação e os resultados de suas atividades em busca da melhoria da escola como um todo.
Além de valer-se da racionalidade dos meios, usando aferições quantitativas e indicadores clássicos, a avaliação institucional abrange dimensões qualitativas, inclusive, aquelas vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da Escola.
Ao se avaliar não se espera eliminar todas as discordâncias, dúvidas e contradições características do cotidiano escolar. No entanto, a avaliação deve contribuir para revelar e estimular a identidade própria de cada escola, preservando também a pluralidade de opiniões que é constitutiva de qualquer escola.
A educação de qualidade, como direito fundamental de todas as pessoas, tem como qualidades essenciais o respeito Aos direitos, à equidade,  à relevância e à pertinência e dois elementos de caráter operativo: a eficácia e a eficiência. Não se pode avaliar sem garantir educação para todos.
Como se comentou, a qualidade implica fazer um juízo de valor; porém, a respeito de quê? Que qualidades deve reunir e por quê? No informe de monitoramento da educação para Todos no mundo (UNESCO, 2005a), mencionou-se que uma educação de qualidade deveria abarcar três dimensões fundamentais: o respeito aos direitos humanos, eqüidade e pertinência. A essas dimensões haveria que acrescentar a relevância, assim como duas de caráter operativo: eficácia e eficiência (UNESCO, 2008).
            Segundo Sérgio, representante da UNESCO, sem propostas não há avaliação, então para ir além numa avaliação transformadora, pois ainda segundo ele, o principio de uma avaliação deve ser o de ajudar, é preciso parcerias, e a Fundação Carlos Chagas comprou o projeto, mesmo sem muitas condições.
            Depois de falar sobre pobreza política, evasão escolar e IDEB, a Professora Helba coloca a importância da solidariedade.
            Cláudia, representando a Fundação Carlos chagas, disse respeitar todos os modelos avaliativos, mas que precisa de outro, por isso o modelo pensado pela fundação vai atuar em duas frentes: Uma externa, outra interna.
            Para que se atinja a todas as minorias a fundação vai ajudar com quatro produtos: Plano de trabalho para 365; Formação; Relatório; Avaliação e Conclusão.

NOSSAS CONSIDERAÇÕES
            O momento mostra a importância da avaliação na definição dos rumos das vidas das pessoas, como um instrumento que se distorcido em suas finalidades pode levar a desvãos que, dificilmente farão com que os pobres politicamente, possam se tornar os Seres cidadãos, autônomos e transformadores esperados pela Educação com a qualidade que se propõe, transformadora de realidades.
            O resultado da avaliação institucional, com base na reflexão, pode ser o mais poderoso material contra o maior inimigo dos mais empobrecidos socioeconomicocultural e politicamente, a sua falta de pertença e assertividade.
           

  
REFERENCIAS

AULA INAUGURAL PREFEITURA MUNICIPAL DE CUIABÁ. Hotel Fazenda Mato Grosso. 2013.