A FAROLEIRA
Eis que ela vai cata
Será a moeda de prata
Versa, conversa, valsa,
Hoje ela veio de calça.
Ela vai, Ela vem numa dança,
Será que veio de mudança?
E mais uma moeda, sem queda,
Salta de uma mão do vidro que arreda.
Então ela baila entre os carros, colorida
Magra, sorri, a carne corroída...
Lá vai ela novamente,como uma libelula,
Um vidro, um rosto, uma mão
Um clic no chão
Não, não é cedula...
E aí, mulher lépida?
Conta pra mim ó mulher qual o misterio da vida?
Da vida entre um farol
E outro...
Dois vidros.
Um clic no chão.
Dois vidros, um clic?
Um clic!? Será agora a cédula?
Vai a mulher colorida,
Com a carne corroida,
Sorriso dolorido,
No seu farol preferido...
Cata, pega, pede, sorri,
Sorri, pede, pega, cata,
No seu farol preferido
Eu lendo o mundo, no domingo...
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