sábado, 18 de dezembro de 2010

Construindo textos: Assédio moral



Elogios exagerados, gestos de sono, indiferença, valorização do trabalho de uns em detrimento de outros funcionários, estigmatizar, generalizar situações, mobilizar o grupo, manipular e direcionar situações, risos e imitações, chamadas de atenção por coisas corriqueiras, bilhetinhos, encarregar a elaboração de tarefas bem aquém do currículo ou aquelas que o assediado não domina, pedir para o mesmo ir embora descansar porque não precisa do trabalho dele, depois de tê-lo feito até adoecer de tanto trabalhar sozinho, demonstrar poder em ações corriqueiras.Entendo nestas situações há o delineamento de um tipo de Bullying praticado nas relações de trabalho.
Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
Outro tipo de bullying, novo e grave, é o praticado nas relações de poder clientelistas nas repartições públicas que esteve relacionado e chamado de perseguição funcionários. Esse mal veio sendo percebido como natural e de culpabilidade do agredido que levava, de cara, o estigma de   estar se fazendo de vítima ou de invejoso nas relações hierárquicas e interpessoais.  Mesmo tendo leis que regulam as relações, é muito complexo punir ou encontrar culpados para esta prática criminosa, porém esta violência tem provocado discussões em todo o mundo. 
É neste horizonte que esta reflexão caminha.
Este começo de conversa mostra um pequeno recorte de estratégias e do perfil de agressores sociais que se utilizam de métodos de trabalho que acabam por adoecer ou afastar o trabalhador.  O contexto dessa fala é de uma pedagoga em que o processo de formação se deu paralelo ao trabalho em sala de educação infantil. E que desde 2004 vem buscando respostas para situações que se apresentam neste contexto. Uma delas a perseguição de profissionais e a outra o exagerado número de doentes nesta área.
Encontramos a revista do Sintep MT, defenda-se, o assedio moral como a exposição dos trabalhadores a circunstâncias constrangedoras, repetitivas e prolongadas no exercício das atividades profissionais. Esta situação interfere diretamente na vida do assediado, comprometendo sua identidade, dignidade e até mesmo sua sociabilidade. Pode causar danos à saúde física e mental da vítima e evoluir para a incapacidade no trabalho, para o desemprego ou afastamento precoce.
 É um risco invisível porque, sozinho, o trabalhador não tem como se defender. Muitos colegas, mesmo repudiando essa violência psicológica, calam-se por medo de se tornarem a próxima vítima. O assediado acaba se isolando, não denuncia, sob pena de piorar sua condição de discriminado.
A falta de ter a quem expor o pensamento, o sentimento de dor, sem ser criticada ou aconselhada, somada a importância das relações interpessoais nos locais de trabalho, se torna um elemento que fortalece a falta de coragem para reação do assediado. Sabe-se que os vínculos identitários dos profissionais, suas percepções, são bases para a formação de suas representações de si e do outro, fez com que nascer a vontade de falar sobre o assédio moral. Outro fator que leva a socializar essa situação é o pensamento de que o fato pode ter conseqüências que influenciaram no profissional e pessoal do assediado, mesmo que o pedaço de sua vivencia com o assediador seja deixado para trás, ou superado, depois da ação ser considerado neutra, naturalizada no meio ou ainda ser banalizada, transformada em brincadeirinha mal interpretada ou uma pegadinha, quando externalizada, sem o rigor que deve ser tratada.
Sabe-se das dificuldades que as abordagens do tema envolvem, até por estar relacionado às questões de perseguição e de hierarquias, mas a esperança é que se existirem meios de barrar com práticas violentas de relações grupais e institucionais, só pode ser através de textos, talvez até inconexos, pois ao assediado resta a solidão e a sensação de impotência além de muitos conflitos internos, interferindo no momento da leitura e compreensão da realidade. Por isso, acreditamos na leitura compartilhada e na solidariedade nas relações trabalhistas como mecanismos eficazes no processo de neutralização de práticas tão violentas em ambientes de trabalho.
A ansiedade é uma das características do agredido, isto talvez pela sua necessidade em contar, narrar, comunicar e compartilhar tal fato. Dividir com alguém a sua dor. Esta ansiedade aparece, pois o indivíduo não encontra formas de se livrar, libertar das marcas das agressões. Pela complexidade em encontrar receptores. Uma sensação de desamparo se instaura no subjetivo da pessoa, transformando-o num dominado, medroso, impotente e doente.
Pelo fato do assunto envolver subjetivo, social, relações de trabalho, família e ainda demissões, desistência de sonhos, ele se torna mais complexo, pois estas instancias são componentes de uma teia de relações significativas e marcantes da vida do cidadão. Dificultando a sua expressão e sua vontade de lutar contra a situação tal qual se apresenta, pois estará em jogo sua vida profissional, social, embasadas em sua palavra, em suas experiências e em suas relações.
Este texto se faz num emaranhado de fios que encontram e desencontram na busca de uma tessitura que contribua para a dissolução de formas de relacionamentos em que a violência simbólica impera e não deixa sinais para que estudiosos de assédio moral possam transformar suas teorias em políticas de combate a tal fato, por ainda não terem certeza ou indício de que esta prática é concreta e permeia locais em que certos atores que possuem pouco ou nenhuma formação critica se transformam num exército de dominados e manipulados. O assediador, figura totalmente diverso do assediado, manipula multidões, na certeza de que ninguém o enfrentará no território que ele delimita.
Através de relatos levantamos indicativos da presença de situações de assédio em que os atores não perceberam serem de fato situações de violência e  em conseqüência, criminosas.
Estas investigações, fez refletir sobre fatores que tornam a discussão sobre o assedio moral suas práticas e implicações, complexa, um deles é o fato de que a análise do local de atuação se mistura com o subjetivo da criatura que neste espaço se insere seguindo a intuição e a vontade de atuar no lugar de sua identificação, mas que ao se deparar com a realidade que os caminhos das relações de poder se dão, desvelando e sendo desvelada por um misto de surpresas e confirmações, há o início de um processo de assédio, em que culmina com a aceitação ou não pelo grupo. Assédio, quando sua chegada ameaça práticas cristalizadas e controladoras, pela sua ação o assediado delineia seu potencial e o assediador se sente ameaçado por acreditar que a evolução do assediado o levará a conquistas de cargos ou de funções desejadas pelo agressor como trampolim para sua ascensão ou para os seus apadrinhados ou clientes.
Começam a surgir os questionamentos constantes e repetitivos: Para onde ir? Será que lá será assim também? O que estou fazendo de errado? Porque hoje o fulano está diferente comigo? Porque não respondem ao meu abraço? Neste emaranhado de sentimentos o processo de construções de identidade dos sujeitos se torna sofrido, resultando no desencadeamento de doenças oportunistas. Envolto nesse processo e buscando saída, o sujeito fica sem saber o que fazer, pois o seu conhecimento de mundo é acrítico, na maioria dos casos.
Se o sujeito não aceita as normas regras e os condicionantes do local e ainda assim ser considerado apto para trabalhar e conviver com o grupo, haverá o movimento de segregação, tendo como linha de ataque numa seqüência que parte da destruição da auto-estima, desestabilização das relações interpessoais e da saúde do agredido, fazendo com que este fique desorientado, desamparado e desmoralizado perante o grupo e perante ele mesmo.
Margarida Barreto nos traz que o assédio moral é uma forma de violência repetitiva contra pessoas que entram para o trabalho em organizações ou instituições com saúde perfeita, que só tem o “apto” para trabalhar se tem saúde perfeita, e que contraditoriamente adquire um novo “apto”, para sair, se adoece em conseqüência do ambiente e das condições de trabalho. Então, adoecer em decorrência do ambiente de trabalho é quase como adquirir um passaporte para a demissão. É nesse ambiente rapidamente citado que o assédio moral ocorre.
O que acontece é que a falta de informação e de apoio para o enfrentamento de tal situação faz do assediado vítima perfeita pelo preceito de que num mundo tecnológico e midiático como o nosso, todos já saibam que para se inserir com pertencimento ao mapa do lugar deveria se submeter às regras impostas pelo assediador, o que no caso do assediado, já se configura como uma porta para ataques do agressor, que alega falta de vontade do assediado em buscar conhecimentos assim como fazem os outros colegas.
O assediado fica com a sensação de ser um estranho e paralisa frente aos colegas de trabalho, de passeio ou de outros universos sociais, e ainda perante aos seus sonhos. Entender a cartografia do assédio moral, como ele é praticado a partir de uma amostra real, possibilitará classificá-lo como ferramenta de violência simbólica e física.
Uma abordagem preliminar do assédio moral
Trata-se de um fenômeno internacional que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) constatou também em vários países desenvolvidos. Diversos sindicatos no Brasil e no mundo estão encampando a luta contra o assédio moral. As demandas trabalhistas não se resumem em questões salariais. Buscam, sobretudo, a defesa da dignidade e do respeito nas relações de trabalho. O Sinpro inicia aqui a discussão para conscientizar a categoria da existência desta realidade. Temos que combater de forma coletiva a violência silenciosa e opressora do assédio moral.
Para margarida Barreto,

O assédio moral nós temos toda vez que uma pessoa se comporta a um outro, no caso seu subordinado, humilhando, desqualificando, desmoralizando publicamente ou não, de uma forma “repetitiva”. Prestem bem atenção para esta palavra porque aí está a diferença entre qualquer ato de violência e o assédio moral, a repetitividade. É quando o ato de violência existe hoje e vai se repetindo. Por que essa repetição? Lembra que eu falei no início que a violência tem uma intenção. Qual é a minha intenção quando eu humilho o outro de forma tão repetitiva? Forçá-lo a desistir do emprego. Isto é o fundamental. Com isto quero dizer que não podemos concordar, não podemos testemunhar um ato de violência e dizer “Ah! Foi só uma vez, não tem problema”. Não. Um ato é inaugural de todo um processo que poderá se transformar no próprio assédio, que é a repetição desses atos de violência.

E o que é interessante no caso do assédio, se é que se pode chamar de interessante em instituições é que os profissionais que nela atuam vão se adaptando e de certa forma afastando do assediado, colocando-o no lugar dele. Aí começa a separação e o sofrimento do assediado, pois ele não tem vínculos de dependência ou tem, mas se demonstra espontâneo e responsável, acreditando nos princípios da instituição e sonhando com a construção de uma profissionalidade ressignificadora de tal situação.
À medida em que esses atos vão acontecendo, todos os colegas passam a ter medo de ser a próxima vítima, de ser humilhado, de perder o emprego ao defender o colega que está sendo humilhado.
O ambiente de trabalho passa a ser dominado pelo medo do coletivo, que leva todos a fazerem o pacto do silêncio. Se antes esse ambiente era marcado pela amizade, esse calar significa que os laços fraternos já não existem, passam a ser fragmentados, rompidos, levando à degradação das relações de trabalho.
O individualismo se acirra a competitividade ganha um cunho violador de individualidades e de personalidades, as reuniões deixam cada dia mais desconfiados os atores do local, tudo é motivo para argumentações quentes, e, se alguém se aproxima solidariamente do assediado, é punido de formas mais pífias: lavar coisas que já foram lavadas, ficar sozinho em sala etc.
 Fica então instaurado o “Eu não posso fazer nada, bem que eu queria te ajudar, mas... sabe como é né? Você tem que fazer que nem eu. Eu só quero saber de mim,o mundo aqui é assim, você tem que fazer assim, porque quem vai pagar suas contas se você ficar criando caso. E Não me importa o que ele está sofrendo. Ele também é culpado, em vez de pegar o currículo e ir para outro lugar fica aqui.”
Numa situação dessas, o individualismo se acirra.
A gente poderia dizer que, nesta condição de atos de violência que se repetem, o assédio moral está dentro do campo da violação dos direitos humanos porque atinge a identidade do trabalhador e a sua dignidade. Dois aspectos fundamentais que vão desestruturando, devastando a sua vida de tal forma que atinge também a sua família.
O assedio moral leva os cidadãos à corrupção, podendo ser uma política, para que as instituições delimitem sua área de atuação atingindo as subjetividades e objetividades de forma que as personalidades se desconfigurem tornando-se submissas e dominadas. Segundo Barreto O assédio moral pode ser política da empresa.
Não existe só o assédio individualizado contra uma pessoa. Ele pode se caracterizar como política institucional de violência da empresa. Para vocês compreenderem melhor, é aquela empresa – setor público – que faz um Programa de Demissão Incentivada ou Voluntária. Todo mundo está com medo de ser demitido. Antes de entrar na lista de demissão – voluntária –, o trabalhador associo algumas vantagens, como o tempo de trabalho naquela empresa e considera “melhor sair com alguma coisa do que de mãos vazias” e termina aderindo ao programa “voluntariamente”. Isto é uma forma de política institucional de violência. Se a dispensa é voluntária, não precisa ter o programa. Por que eu tenho que incentivar para a pessoa se demitir?

Há na educação fatos similares como no caso do pedido de afastamento por tempo determinado. O medo de ficar doente ou mesmo morrer em serviço faz com que as pessoas abandonem o emprego, ou peçam para sair de um cargo para outro, perdendo a oportunidade de se fortalecer como parte da empresa, pública ou privada.
A instituição se utiliza de condicionantes positivos ou negativos para conseguir com que a produção aconteça em escala grande e sem reclamações, em grandes empresas, na instituição escolar, pública ou privada, são nichos propícios para a violência simbólica acontecer e proliferar. A linguagem como mediadora das praticas sociais de leitura e escrita, se configura como o espaço em que a violência se concretiza e atinge o subjetivo da pessoa, fazendo de suas ações pareçam nulas no cenário de atuação.  A ele resta sempre ouvir ou se submeter a outro escolhido pelo agressor como o capaz de realizar a tarefa mais conceituada perante os demais colegas.
Um fator determinante para a proliferação de situações de assédio é a falta de compreensão dos gestores quanto às diferenças das pessoas. Dependendo do grupo os assediados são tratados como diferentes por serem mais quietos ou mais brincalhões. Fato que serve para a atuação do assediador.
Frases como Você não conseguirá você limpou, mas não ficou igual à limpeza da Maria. Você tem criatividade, mas aqui o que isso não poderá ser aproveitado.  A comida da sara da escola tal é que é uma beleza. Aquilo sim que é comida gostosa, são frases que ferem o subjetivo mesmo dos mais críticos e políticos profissionais. Penso eu.
Este texto tem como objetivo maior socializar as estratégias adotadas pelos agressores levantadas oficiosamente no contexto da educação sob a ótica da revista do sintep MT - 2006. Pois, acredita-se que algumas pessoas nem percebam que estão sendo vítimas de uma situação de desconforto e opressão que fere a constituição brasileira em seu capitulo I: DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS em seu Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
A melhor forma de combater o assédio moral é não se calar.  O silencio ou o afastamento do local causa a proliferação de novas vítimas. Isto é básico, mas o que acontece é que a dificuldade do assediado em reunir provas, testemunhos é muito grande, para não dizer impossível. O que faz com que os assediadores façam a farra.
A dor e o sofrimento de quem se reconhece como assediado, causa danos que não podem ser reparados, pois pelo fato do assédio se dar em prol de uma determinada produtividade ou, ainda pior, perseguição pela renúncia do assediado da vaga de trabalho, ou por motivos que os assediados não conseguem distinguir.
As manipulações na distribuição de tarefas, ameaças, delegação de culpa, jogo de carapuças, faz da vida da vítima um inferno, acarretando escolhas errôneas, decisões impertinentes, choros, conflitos de toda a natureza perda da moral com os colegas, perdendo principalmente possibilidades de se relacionar.
A ética do profissional assediado é a todo instante colocada em xeque e neste processo ele adoece, acirrando o assédio.
Nossa contribuição com o artigo é trazer à tona situações em que a presença do assédio moral mostra suas nuances, o intuito é o de provocar a reflexão entre os profissionais da educação sobre o seu ambiente de trabalho e sobre suas relações com os seus colegas, pois acreditamos, assim como Ciavatta que fazer ao lado implica aprender com o do lado e se ele faz bem eu farei bem também, acompanhando o mesmo ritmo.
Trazer para a discussão situações em que acontece assedio sutilmente, sem que os atores percebam, por não entenderem esta prática como uma prática que fere os princípios de nossa constituição como já dissemos é o que norteia o texto.
A seguir apresenta-se uma lista de situações para que os trabalhadores e trabalhadoras possam ler sensibilizarem e, esperamos que não, mas, identificarem situações em que tenham sido vítimas ou visto algum colega passar por igual situação no ambiente de trabalho.
O ASSÉDIO MORAL EM AÇÃO
Algumas estratégias do agressor
1-Escolher a vitima e isolá-la do grupo.
Antes não aconteciam essas fofocas, agora até no ponto de ônibus já escutaram falando de mim. Será que as pessoas não sabem que somos conhecidos aqui no bairro. Estava tão bom sem essa fofocaiada aqui.
No mesmo momento todos se afastam.
2-Impedí-la de se expressar e não explicar o porquê.
A diretora chega à rodinha de funcionários e diz: Ai ai essa mulher só fala essas coisas. É melhor irem para as suas ocupações.
3-Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar e menosprezar a vítima diante de seus pares.
Na hora da chegada a diretora fala: vá até minha sala que eu tenho umas cem queixas sobre você. Quando você chega à sala as queixas se resumem a uns três avisos de pais mães ou responsáveis. Ou seja, não existe nada contra você.
4-Culpabilizar/responsabilizar publicamente a vítima podendo os comentários de sua incapacidade invadir, inclusive, o espaço familiar.
(..)
5- desestabilizar
Você viu o que o seu empenho em fazer brinquedo deu? Agora todo mundo só quer brincar, será que com sua/seu filho é assim também.
Situação 1 - Profissional recém empossada.  Antes da primeira reunião dos profissionais a  organizadora da reunião convoca todos para uma conversa e fala sobre a possibilidade de demissões por causa dos concursados que já chegam tirando a vaga de gente boa e que já fez tanto pela educação.
Escala se a pessoa subordinada para a feitura da ata.Cumpre se.
No ano seguinte na mesma reunião outro profissional é  escalado para executar a mesma tarefa sob a alegação de que a ata do ano passado havia ficado toda errada, pedindo que a profissional de antes faça uma tarefa mais leve.
O exemplo acima citado é uma fotografia de recortesde realidades escolares que as consideram naturais, esses relatos são tratados com naturalidade e com ares de comicidade, porém o que acontece de fato com os personagens agredidos, só a historia de vida destes e sua forma de aculturação é que poderia denunciar se para eles o assédio se configurou.
Quando o assediador consegue colocar sua pratica em ação, nem sempre, o fato se configura como ato criminoso, sobre isso pensamos como Demo sobre a pobreza política e como Paulo Freire, que nos diz que Irremediavelmente pobre é quem sequer consegue saber que é pobre. Falta-lhe consciência crítica para, primeiro, “ler” sua realidade, e, depois, para enfrentá-la dentro de projeto político alternativo. Faltando-lhe esta consciência crítica, não consegue fazer-se sujeito capaz de história própria, esperando, pois, a solução dos outros. O assédio moral é uma mola que propulsiona a formação de sujeitos apolíticos e medrosos. Esta prática emperra a formação de cidadãos em espaços cujas funções foram desvirtuadas e em parte transformadas em praticas mercadológicas. 
http://www.contee.org.br/coordenacao/sudeste/sudeste_5.htm
O  Assédio moral vem se configurando como uma doença mental social causada por relações em que a violencia simbólica impera, ou sendo utilizado como agente desecadeador de doenças mentais psicossociais nas relações que envolvem poder?
Um dos instrumentos que faz do assédio moral um ingrediente de exclusão sociovital é o currículo oculto? 


http://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/23353-23354-1-PB.pdf


 

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