segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uma pedra para colecionadores


PEDRAS DO CAMINHO DA IZABEL: PARTE 1
                Foi assim: No dia 26 de maio de 2009, deu uma chuva grandona e eu estava com dor na minha arvore interna, meu útero. Então fui ao posto para pedir um exame, remédio ou talvez uma palavra de carinho para que a dor passasse coisa da criança que mora dentro de mim. Assim fiz. Porem depois de passar pela enfermeira ela aconselhou-me a fazer exames mais apurados e para isso, seria necessário o meu cartão família. Então voltei em casa para buscá-lo.
                A distancia entre o postinho e minha casa é curta e asfaltada, mas ao passar perto de uma calçada sem piso, a vi, a minha pedra estava lá no chão, sujinha, nem sei como a diferenciei dos torrões ao seu redor. Penso que de alguma forma ela tenha me chamado.
                Peguei-a cheguei em casa dei-lhe um banho e pronto! Viramos companheiras em nossa expressão de vida aqui na terra. Voltei ao posto. Levei-a até o posto e apresentei os profissionais a ela. Notei pela expressão de cada um deles que minha pedra era realmente muito especial, desde então, de vez em quando, apresento pessoas queridas para minha pedra diferente com a intenção de que ela possa se sentir notada, celebrada ou simplesmente tocada, pois todos merecemos um pouco de socialização.
                Algumas situações durante a apresentação da minha pedra realmente me surpreenderam:
                Reginaldo, meu amigo, poeta e boêmio: como primeira reação deu-lhe uma mordida e uma deliciosa lambida. Disse que ela representa a vida, e me mostrou a representação de uma criança no ventre da mãe no desenho de um lado da minha pedra.
                Creusa, amiga: Reagiu dando uma mordida na minha pedra, depois de me pedir consentimento para fazê-lo.
                Minha mãe resistiu um pouco para tocá-la, dizendo que parecia um caramujo.
                Uma mulher que viajava no mesmo ônibus que eu entre Cuiabá e várzea grande, disse-me entre encantada e com ar de mistério: Olha não anda com ela por aí não, alguém pode tomá-la de você. É linda demais mesmo!  Diferente... Cuidado mesmo com essa pedra...
                Um garimpeiro disse que em 40 anos de profissão não tinha visto nada igual.
a diretora da escola onde trabalho disse que ela tem o rosto de uma criança, a coordenadora disse que ela parece um caramujo
 A minha amiga lucy viu um rato uma cabeça, o seu esposo viu um golfinho e uma criança (um menino fazendo bico); minha mãe disse ter visualizado dessa vez um capacete de soldados da idade média....
                Então eu, apresento-lhe a imagem de um dos lados de uma das pedras do meu caminho.
 

Pedra da Izabel Antunes 1
Encontrei essa pedra no dia 26 de maio de 2009 depois de um temporal.
Sei somente que ela é uma pedra diferente.

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